Soy un reloj inspirado en la naturaleza. Mi única aguja completa una sola vuelta al día... Sigo el recorrido del sol por el cielo, suavemente... sobre un dial de 360°.
Inspirado en tradiciones del mundo, mis 13 meses de 28 días reemplazan nuestro calendario convencional. El año termina con el Día Arcoíris.
Soy un sistema de medición del tiempo creado para reemplazar (o complementar) el reloj de 24 horas y el calendario gregoriano.
O Tempo Natural é um projeto open source
Idealizado com ❤️ por Sylvain (também conhecido por "Biquette")Para quem aprecia este conceito e deseja apoiar o seu desenvolvimento:
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O Tempo Natural é uma revolução silenciosa — um regresso aos fundamentos da nossa perceção do tempo. É uma forma de medir o tempo baseada na posição real do sol no céu, em vez de convenções artificiais. No fundo, é simplesmente um regresso ao bom senso — o sistema temporal que a humanidade deveria ter escolhido desde o início, já que o sol é, por si só, um relógio natural perfeito.
Um mundo onde meio‑dia significa realmente que o sol está no zénite. Onde o tempo nunca muda arbitrariamente. Onde a perceção do tempo está diretamente ligada aos ciclos naturais que nos envolvem. É isso que propõe o Tempo Natural.
Ele reconecta a consciência temporal aos ritmos cósmicos, simplifica a relação com o tempo e liberta das amarras artificiais que regem as vidas modernas.
O sistema horário convencional é uma construção puramente humana, desligada das realidades astronómicas. Porque razão o sol deveria estar no zénite a horas diferentes conforme as estações? Porque “perder” ou “ganhar” uma hora duas vezes por ano?
Os fusos horários criam fronteiras temporais invisíveis onde o tempo pode literalmente “saltar” uma hora apenas por atravessar uma linha imaginária.
Este sistema, nascido das necessidades da industrialização e estandardizado para facilitar os horários dos comboios, afastou progressivamente a humanidade da sua perceção natural do tempo solar — aquela que a guiou durante milénios.
A expressão “o tempo é dinheiro” está profundamente enraizada na nossa cultura. Não é por acaso: etimologicamente, a palavra “calendário” vem do latim “calendarium”, que significava “livro de contas” ou “registo de dívidas”.
A nossa conceção moderna do tempo está historicamente ligada à ideia de que o tempo deve ser medido para ser monetizado. Os primeiros calendários foram concebidos em parte para regular a cobrança de impostos!
O Tempo Natural propõe uma alternativa a esse casamento forçado entre tempo e dinheiro. Convida a considerar o tempo não como um recurso a explorar, mas como um ciclo natural para ser vivido plenamente. Como diz de forma bonita a filosofia do tempo natural: “O tempo é a arte das pessoas” e não o dinheiro dos bancos.
A forma como percebemos o tempo molda profundamente a experiência de vida. Viver segundo um tempo artificial cria uma dissonância subtil mas constante entre os ritmos biológicos e a organização social.
O corpo humano sincroniza‑se naturalmente com os ciclos solares — hormonas, temperatura corporal e nível de energia oscilam em harmonia com a posição do sol. Ignorar estes sinais para seguir um tempo abstrato cria um stress crónico que os cientistas chamam de “jet lag social”.
Realinhar a perceção do tempo com os ciclos naturais pode melhorar o sono, reduzir o stress e ajudar a reencontrar um ritmo de vida mais orgânico e satisfatório. É como reencontrar uma dança antiga que o corpo nunca esqueceu.
O conceito de Tempo Natural, na sua forma atual, foi desenvolvido por Sylvain, também conhecido por “Biquette”, nos Alpes franceses durante a primavera/verão de 2022. Mas a ideia de viver segundo o tempo solar é tão antiga quanto a própria humanidade.
O que torna esta abordagem única é a proposta de medir o tempo em graus (0–360°) em vez de horas, minutos e segundos, criando um sistema coerente que reflete diretamente a posição do sol no seu percurso diário.
Esta reinvenção contemporânea inspira‑se em sabedorias ancestrais, oferecendo ao mesmo tempo uma solução prática para os problemas criados pelo sistema temporal moderno.
O Tempo Natural é um conceito aberto que cada pessoa pode apropriar‑se, melhorar e difundir. Participar nesta revolução temporal pode assumir várias formas:
Cada pessoa que adota esta nova perceção do tempo contribui para criar um mundo mais em sintonia com os ritmos naturais que nos rodeiam.
O Tempo Natural é um conceito livre que cada pessoa pode apropriar‑se e reinventar. Atualmente, o projeto é levado pelo seu criador, Sylvain, que dedica tempo à pesquisa e ao desenvolvimento deste conceito.
Para apoiar este trabalho e financiar o desenvolvimento contínuo do projeto, relógios naturais físicos originais são criados e estão disponíveis para compra na sua loja online shop.biquette.xyz.
O relógio natural é uma representação direta da posição do sol no céu. A leitura é intuitiva e não necessita de orientar o relógio numa direção específica.
O ponteiro indica simplesmente onde está o sol no momento presente:
Ao contrário de uma bússola ou de um relógio de sol, o relógio natural não precisa de ser orientado de forma particular — indica sempre a posição correta do sol, independentemente de como está colocado numa parede ou mesa.
Não é necessário traduzir esta posição em números. O cérebro compreende naturalmente o ângulo que o ponteiro forma em relação a referências como o meio do dia ou o início da noite (indicados pelos bigodes).
É comparável à observação do sol no céu: o ângulo entre o sol e o horizonte na sua órbita é o mesmo que o ângulo entre o ponteiro e o marcador do início da noite no relógio. Esta correspondência direta torna a leitura intuitiva e natural.
O relógio natural reconecta a uma conceção ancestral do tempo, marcada pelo movimento do sol. Ao contrário do sistema horário convencional, completamente desligado do vivo, o tempo natural não engana: o sol está sempre no mesmo lugar e desloca‑se sempre à mesma velocidade, tal como o ponteiro do relógio natural.
Esta abordagem liberta‑se das mudanças de hora e dos fusos horários artificiais, permitindo ao relógio coincidir verdadeiramente com o lugar onde se vive. Acabou‑se “procurar o meio‑dia às 14h” como no sistema artificial!
A principal vantagem é a coerência entre a observação direta e a indicação do relógio:
Esta sincronização é particularmente valiosa para modos de vida ligados ao vivo e aos ciclos naturais.
O Tempo Natural pode ser usado sem qualquer graduação específica — o simples posicionamento do ponteiro já é uma indicação suficiente. As divisões só se tornam necessárias quando usamos este relógio como referência comum para, por exemplo, marcar encontros.
Entre todas as possibilidades de divisão do mostrador, a convenção do círculo de 360° foi escolhida por várias razões:
Cada pessoa pode depois subdividir estes 360° conforme as suas preferências. Esta flexibilidade permite adaptar a leitura do tempo às suas necessidades, mantendo uma referência comum.
Os bigodes no centro do mostrador indicam a duração do dia e da noite consoante a estação e a latitude. Servem como marcadores visuais para o nascer e o pôr do sol:
Lado esquerdo (nascer do sol no hemisfério norte):
Lado direito (pôr do sol):
A pequena barra apontando para 90° e 270° representa simbolicamente os equinócios, quando o dia e a noite têm a mesma duração.
Embora a duração do dia mude progressivamente de um dia para o outro, o cérebro adapta‑se facilmente para situar o nascer e o pôr do sol reais entre esses marcadores. Com alguma prática, esta informação torna‑se tão natural — como quando avaliamos instintivamente o tempo restante até ao pôr do sol observando a sua posição em relação ao horizonte.
O relógio natural mostra a posição exata do sol no lugar onde se encontra o observador. Ao contrário do sistema convencional que divide a Terra em 24 fusos horários artificiais, o Tempo Natural respeita a realidade geográfica do nosso planeta.
Como funciona:
Esta abordagem pode parecer complexa comparada aos fusos atuais, mas estes criam situações paradoxais. Exemplo: a Bretanha e a Albânia partilham o mesmo fuso (Europa Central), embora estejam muito afastadas. Resultado? Os relógios convencionais indicam a mesma hora, mas a realidade solar é muito diferente. Quando o sol nasce na Bretanha, já brilha há cerca de 1h40 na Albânia!
Como as pessoas escolhem seguir o relógio em vez do sol, cria‑se uma distorção artificial que nos desliga do ritmo do vivo. O Tempo Natural reflete fielmente a posição real do sol em cada lugar.
Importante: só a longitude influencia a posição do ponteiro. Do Polo Sul, passando pelo Equador, até ao Polo Norte, todos os que vivem no mesmo meridiano têm a mesma hora natural. A latitude apenas faz variar a forma dos bigodes (duração do dia e da noite), mas não a posição do sol no relógio.
O formato completo do Tempo Natural combina data, “hora” e longitude numa só expressão: YYY)MM)DD SUN° NT(+/−)LONGITUDE.
Por exemplo: 010)05)22 202°63 NT+5.2 significa:
Para os dias arco‑íris, usa‑se a notação YYY)RAINBOW para o 365.º dia e YYY)RAINBOW+ para o 366.º (quando existir).
Esta notação pode parecer complexa ao início, mas oferece uma coerência que o formato convencional (DD/MM/AAAA) não possui. Por exemplo, ao ordenar datas alfabeticamente, elas ficam automaticamente na ordem cronológica.
O cálculo é surpreendentemente simples: a diferença de longitude entre dois lugares = a diferença de ângulo entre os seus relógios naturais.
Na prática: se estás 30° a leste do teu amigo, o teu relógio natural terá 30° a mais que o dele.
Exemplo: entre Paris e Buenos Aires (cerca de 60° de diferença), quando é meio‑dia solar em Paris (180°), o relógio natural em Buenos Aires indica 120°. Esta diferença é constante e nunca muda, ao contrário dos fusos horários que podem ser alterados por decisões políticas.
Entender a notação NT+/-: para indicar precisamente o Tempo Natural de um lugar, usa‑se frequentemente “NT” seguido do desfasamento face ao meridiano 0 (Greenwich). Por exemplo:
Isto permite saber imediatamente onde se situa o relógio face ao meridiano de referência, tal como os fusos convencionais (UTC+1, UTC−5, etc.).
Para encontros internacionais: pode utilizar‑se o meridiano 0 como referência universal, com a notação “NTZ” (Natural Time Zero). Por exemplo, “encontro às 210° NTZ” significa o momento em que o relógio natural em Greenwich indica 210°.
Para converter NTZ em tempo local: soma a tua longitude (se estás a leste) ou subtrai (se estás a oeste). A 30° Este, 210° NTZ torna‑se 240° no teu relógio local (NT+030).
À escala regional: no quotidiano, os habitantes de uma mesma região podem simplesmente usar um lugar central como referência, com pequenos ajustes de alguns graus conforme a posição exata.
Durante as mudanças de hora convencionais, observa‑se toda a absurdidade do sistema moderno: são 2h da manhã e um segundo depois são 3h (ou o inverso). No entanto, o sol nunca dá saltos no seu percurso — nunca muda a sua velocidade de cruzeiro.
O Tempo Natural não implementa estes ajustes artificiais. O que conta é apenas a posição do sol. Enquanto as atividades humanas modernas se desligam das condições exteriores (ir trabalhar à mesma “hora” no inverno e no verão), o relógio natural permanece fiel ao ritmo solar.
Em resumo, durante as mudanças de hora, o relógio natural não mexe um milímetro — continua simplesmente a seguir o sol.
Passar de um sistema para o outro não é o objetivo principal do Tempo Natural. A ideia é antes impregnar‑se gradualmente desta nova forma de perceber o tempo, sem traduzir constantemente.
No entanto, para facilitar a transição ou por necessidades práticas, aqui estão as equivalências entre os dois sistemas:
Graus | Tempo convencional | Graus | Tempo convencional | |
---|---|---|---|---|
1° | 4 minutos | 90° | 6 horas | |
5° | 20 minutos | 120° | 8 horas | |
10° | 40 minutos | 180° | 12 horas | |
15° | 1 hora | 270° | 18 horas | |
30° | 2 horas | 360° | 24 horas | |
60° | 4 horas |
Fórmula simples: para converter graus em minutos, multiplica por 4 (1° = 4 minutos).
A essência do Tempo Natural é aprender a sentir diretamente estes ângulos sem os traduzir mentalmente. Uma duração expressa em horas é uma abstração, enquanto um ângulo representa uma informação viva e orgânica para o corpo — tal como quando observamos a posição do sol no céu.
Com alguma prática, acabamos por pensar naturalmente em graus em vez de horas, e as conversões tornam‑se supérfluas.
Já não perguntamos “que horas são?” porque o conceito de hora, minuto e segundo deixa de existir no Tempo Natural. A hora é uma abstração de que estamos tão impregnados que nos parece real — no entanto, é um conceito artificial que se manipula com mudanças de hora e fusos horários.
A verdadeira pergunta no Tempo Natural não é “que horas são?”, mas “onde está o sol”. É essa informação que realmente conta para saber, por exemplo, quando a noite vai cair…
Assim, a pergunta torna‑se “onde está o sol?” e a resposta pode ser “o sol está a 222 graus”.
Absolutamente! Fabricar o seu próprio relógio natural é relativamente simples.
A principal dificuldade é encontrar um mecanismo de relógio que rode à velocidade do sol, mas não é tão complicado quanto parece. Existem mecanismos que dão uma volta completa em 24 horas (em vez de duas voltas de 12 horas).
Para criar um relógio natural, basta:
Criar o próprio relógio é um ato simbólico forte. Representa retomar o poder sobre o próprio tempo de vida — o único recurso que todos possuem de forma igual na Terra. Alguns têm mais dinheiro do que outros, mas toda a gente dispõe de 360 graus no seu dia.
O Tempo Natural utiliza o tempo médio (como o UTC) para suavizar as variações naturais da rotação terrestre.
Observando atentamente o relógio natural, pode notar‑se que os indicadores de nascer e pôr do sol (cor amarela/laranja) nem sempre são perfeitamente simétricos em relação ao eixo 0°–180°. Esta assimetria não é um erro, mas reflete uma realidade astronómica fascinante.
Esta particularidade explica‑se por duas abordagens diferentes usadas na aplicação:
Na realidade, a Terra não roda a velocidade constante durante todo o ano. O Tempo Natural, tal como o UTC, utiliza uma média dessas variações para criar um fluxo temporal regular e prático no quotidiano, preservando ao mesmo tempo a precisão das observações reais para os nascimentos e poentes do sol. É um equilíbrio entre a precisão astronómica pura e a praticidade diária.
Para ser honesto, quando dizemos que no Tempo Natural “180° corresponde mesmo ao meio‑dia”, é uma ligeira simplificação. Na realidade, o verdadeiro meio‑dia solar (momento em que o sol está exatamente no zénite) varia ligeiramente todos os dias. Usamos uma média por razões práticas, não porque seja demasiado difícil calcular, mas porque adicionaria uma complexidade desnecessária ao quotidiano.
A espiral das 13 luas usa 13 meses de exatamente 28 dias porque é matematicamente mais harmonioso: 13 × 28 = 364 dias, aos quais se acrescenta 1 dia para atingir os 365 dias de um ano solar.
Esta elegância matemática contrasta com a irregularidade do calendário gregoriano (31, 28/29, 31, 30, 31, 30, 31, 31, 30, 31, 30, 31 dias).
Estes períodos são chamados “luas” porque a sua duração se aproxima do ciclo lunar. Embora o ciclo lunar completo (de uma lua nova à seguinte) seja de cerca de 29,5 dias, o período de 28 dias representa uma média prática que foi usada por muitas civilizações ao longo da história.
O dia arco‑íris é um dia especial que não pertence a nenhuma lua nem a uma semana específica. É um dia “fora do tempo”, dedicado à celebração e que marca o fim do ano.
Este dia situa‑se por volta do solstício de inverno no hemisfério norte. Alguns anos podem contar dois dias arco‑íris, um pouco como os anos bissextos no sistema convencional, mas a sua ocorrência é determinada pela posição real dos astros em vez de uma fórmula matemática complexa estabelecida arbitrariamente.
Esta abordagem permite permanecer em harmonia com os ciclos astronómicos reais em vez de seguir regras artificiais.
As 13 luas do calendário natural não estão perfeitamente sincronizadas com as fases reais da Lua, pois o ciclo lunar completo dura cerca de 29,5 dias, contra 28 dias para cada lua do calendário.
No entanto, como cada lua tem uma duração constante de 28 dias, o desfasamento entre as fases reais e as luas do calendário permanece relativamente constante e previsível. Isso permite projetar facilmente os momentos de lua cheia e lua nova de um mês para o outro.
A principal vantagem é viver em ciclos coerentes e facilmente compreensíveis para o nosso cérebro.
Neste sistema:
Esta regularidade torna as projeções temporais muito mais intuitivas. Por exemplo, calcular o número de dias entre o 13.º dia da primeira lua e o 27.º dia da terceira lua torna‑se simples, porque todas as luas têm o mesmo número de dias. O mesmo exercício com o calendário gregoriano é tão complexo.
Mais importante ainda, quando alguém menciona uma data como “o dia 21 da lua seguinte”, podemos visualizá‑la imediatamente no ciclo, transformando um dado abstrato em informação visual que o nosso cérebro processa naturalmente.
As 7 cores podem simbolizar o que cada pessoa quiser ver nelas. O número 7 encontra‑se em muitas harmónicas naturais: as 7 notas de música, as 7 cores do arco‑íris, os 7 chakras, etc.
Usar as cores como nomes dos dias da semana é opcional, mas oferece a vantagem de tornar a espiral mais universal. Ao chegar a um país estrangeiro, basta aprender o nome das cores na língua local para conhecer os dias da semana, o que facilita muito a comunicação intercultural.
O termo “calendário” vem etimologicamente do latim “calendarium”, que significava “livro de contas” ou “registo de dívidas”. Está, portanto, historicamente ligado à ideia de que o tempo está associado ao dinheiro e aos impostos. Os primeiros calendários foram concebidos em parte para regular a cobrança de impostos.
O sistema natural prefere o termo “espiral” porque reflete melhor a natureza do tempo, que não é um círculo fechado, mas um movimento em espiral. Esta imagem é reforçada pela disposição das 13 luas em forma de espiral, com o dia arco‑íris ao centro.
Esta terminologia convida a uma perceção mais orgânica e menos mercantil do tempo.
Embora o calendário gregoriano tenha provado a sua robustez desde a sua adoção em 1582 (sucedendo ao calendário juliano de Júlio César), apresenta várias desvantagens principais:
Se quiséssemos comparar o calendário a uma ferramenta de medida, o gregoriano seria como uma régua em que cada centímetro tem um comprimento diferente — uma ferramenta incoerente.
O ano natural começa após o solstício de inverno no hemisfério norte, ou seja, por volta de 21 de dezembro no calendário gregoriano.
Para determinar com precisão o início do ano, faz‑se um cálculo astronómico: determina‑se primeiro a posição exata do sol em relação à Terra no momento do solstício e depois espera‑se que o sol atravesse a linha de mudança de data situada no antimeridiano (+180°E) no oceano Pacífico. Esse momento marca “oficialmente” o início do novo ano natural global.
Localmente, o ano começa à próxima meia‑noite local (0°) após esse momento global. Assim, cada região da Terra entra no novo ano à sua própria meia‑noite seguinte ao solstício, criando uma onda natural de celebrações que segue a rotação da Terra.
A escolha de fazer corresponder o ano 001 do calendário natural ao ano 2012 do calendário gregoriano é arbitrária, mas simbolicamente significativa. É uma referência à civilização maia, ou pelo menos à interpretação moderna do seu calendário, que identificou esse período como marcando uma grande mudança de ciclo no solstício de inverno desse ano. Grosso modo, 21/12/2012 foi como um mega jubileu do ano 2000 para a “conta longa” dos maias.
Para muitos, 2012 representa uma mudança de era ou de consciência. Em vez de escolher uma data antiga como ponto de partida, esta espiral opta por uma data recente que simboliza um novo começo.
Embora esta escolha seja arbitrária (como qualquer ponto de partida calendárico), o seu alcance simbólico faz dela um marco temporal interessante para um sistema que procura renovar a nossa relação com o tempo.
O Tempo Natural é uma convenção universal à semelhança do metro ou do quilograma. É, por isso, perfeitamente normal que seja livre para seguir o seu caminho com total autonomia em relação ao seu idealizador.
Esta aplicação foi criada (naturaltime.app) para compreender e brincar com o relógio do Tempo Natural. Está alojada no GitHub e publicada sob licença Creative Commons Zero.
O código‑fonte do Tempo Natural divide‑se em três partes:
Não hesites em contribuir para a evolução do Tempo Natural; apropria‑te dele ou reinventa‑o à tua maneira!
Isto não é verdadeiramente uma aplicação… mas sim um site que pode funcionar offline. Não a procures na App Store nem na Play Store; basta ir a naturaltime.app e depois clicar em:
O ponteiro do relógio do Tempo Natural indica a posição do sol no céu num lugar específico da Terra. A longitude é necessária para calcular o percurso do sol no céu. A latitude é útil para conhecer a duração do dia e da noite.
Não te esqueças de alterar a posição geográfica quando te deslocares. Também podes ativar a geolocalização para que a aplicação encontre automaticamente a tua posição. Nenhum dado pessoal é guardado; os cálculos astronómicos são inteiramente realizados no teu dispositivo.
Os cálculos astronómicos são inteiramente realizados no teu dispositivo. Nenhum dado pessoal é guardado. A aplicação funciona perfeitamente offline (exceto o mapa interativo).
Para ter uma ideia da afluência à aplicação, é usado um servidor Matomo (equivalente open source do Google Analytics) auto‑hospedado. Este servidor regista apenas o número de visitantes únicos e o número de páginas vistas. Nenhum dado pessoal é guardado.
Um grande obrigado às montanhas, às cabras, às lamas e
às formigas pela inspiração.
Gratidão infinita para Toto e Uncle Skywalker, dois
exploradores do tempo. Obrigado por existirem.
Agradecimento a Don Cross, autor de astronomy engine, que permite à aplicação calcular o movimento dos astros no céu. Obrigado também a todo o universo open source que oferece ao mundo soluções e recursos maduros como Vue 3, Vite, OpenLayers, OpenStreetMap, … usados para criar esta aplicação.
O Tempo Natural nasceu nos Alpes franceses durante a
primavera/verão de 2022.
Para qualquer questão:
sylvain441@pm.me –
@sylvain441
(Telegram).
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